"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Presidente da Novelis admite a paralisação da produção em Saramenha

FERNANDA GUIMARÃES - Agencia Estado

SÃO PAULO - A importação de alumínio primário pela Novelis, para suprir a sua necessidade de produção no Brasil, deverá seguir em crescimento neste ano. O presidente da empresa, Tadeu Nardocci, destaca que o cenário de desafio que o setor enfrenta hoje no Brasil, por conta do baixo preço do alumínio no mercado internacional e pelo elevado custo de energia elétrica no País, diminuiu a oferta do insumo no mercado doméstico.
Um dos exemplos é o corte de capacidade de alumínio primário que a Alcoa vem anunciando desde o ano passado. A produção anual da Alcoa no Brasil caiu de 365 mil toneladas de alumínio primário para um volume de 90 mil toneladas neste ano. Nardocci não revelou a grandeza do impacto para a Novelis, mas admitiu que a companhia sentirá os efeitos da redução da matéria-prima no mercado doméstico.
A Novelis produz alumínio primário em sua unidade em Ouro Preto, em Minas Gerais. Segundo o executivo, a produção da companhia já foi cortada, também refletindo o cenário de preços baixos de alumínio, de um lado, e altos preços de energia elétrica praticados no País, de outro. Nardocci contou que o volume de produção vem caindo desde 2010, quando os ajustes começaram.
De lá para cá, a produção anual da companhia de alumínio primário caiu de 100 mil toneladas para 30 mil toneladas. O ajuste, lembrou o executivo, ocorreu de forma para que o volume produzido fosse integralmente atendido pela autogeração de energia elétrica da empresa. Ou seja, o volume de 30 mil toneladas de alumínio primário é plenamente atendido pela produção de energia própria da empresa. A unidade brasileira da Novelis é a única do mundo que produz alumínio primário.
O executivo admitiu que a companhia analisa a possibilidade de suspender totalmente a sua produção de alumínio primário para vender a energia que produz. "É uma análise que se tem que fazer", disse. A Novelis possui uma capacidade de autogeração de energia de 117 MW.
Nardocci lembrou que a Novelis é afetada pelo aumento do custo da energia elétrica do Brasil, mas que a sua produção de laminados de alumínio não é eletrointensiva, caso da produção de alumínio primário. O principal produto da empresa são as chapas usadas em latas de bebidas, mercado hoje bastante aquecido.

No ano passado a Novelis anunciou a ampliação da capacidade de sua fábrica de laminados de alumínio no interior de São Paulo, em Pindamonhangaba, que consumiu investimentos de US$ 340 milhões. Com esse aporte, a empresa conseguiu ampliar a sua capacidade de produção anual de laminados de alumínio de 400 mil para 600 mil toneladas.

Nota do Blog: para os nossos leitores a notícia acima não é nenhuma novidade!

2 comentários:

  1. Essa empresa com suas PCH´s era viável e com potencial para superar as piores crises, esse fechamento anunciado é fruto da má administração lasciva que hora
    fugiu para a Hindalco, suas mazelas são o principal motivo para esse fechamento.

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  2. Concordo plenamente, se fecharam em seu círculo na Hindalco, com seus salários e sua panelinha e jogaram a Novelis com seus empregados e familiares num círculo de fogo.
    Pasmem!!!!!! Um ano após o outro, suas mazelas são anuais. Alumina, Redução II, usinas, Redução III e assim por diante.

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